sábado, 11 de julho de 2009

As melhores (?) capas do Meia Hora em 2009.

Para quem não sabe, o Meia Hora é o jornal mais escroto aqui do Rio de Janeiro. Ele pertence ao Grupo O Dia de Comunicação e foi criado como uma alternativa ao também (popularíssimo) EXTRA, das Organizações Globo.

Antigamente (dizem), o jornal "O Dia" ocupava o posto de jornal do povão junto com "O Povo". O "O Povo" abusava do sangue e tinha a audácia de colocar a foto de corpos decapitados e/ou totalmente perfurados por balas de revólver na sua capa, o que afugentava os leitores. "O Dia", por sua vez, conseguia fugir do tom popularesco pois apresentava colunistas respeitados como o ex-Deputado Arthur da Távola e o cartunista e criador do Lendário jornal "O Pasquim", Jaguar.

O Jornal "O Dia" ocupava a liderança absoluta no Rio sendo seguido pelos tradicionais "O Globo" e "Jornal Do Brasil", quando as Organizações Globo criaram um (forte) concorrente para o Dia, o Jornal "Extra". Com linguagem bem simples e colunistas bastante populares como Paulo Coelho e Padre Marcelo Rossi e custando um pouco menos que O Dia, o Extra rapidamente tomou a primeira colocação em vendagem entre os jornais do Rio.

"O Dia" passou desde então por algumas reformulações ficando cada vez mais sofisticado (mas, ainda assim inferior ao "O Globo", "JB", "Jornal do Commercio"), enquanto o Extra aumentava cada vez mais sua vantagem. Até que o Grupo O Dia de comunicação criou o Meia Hora.
O Meia Hora é uma merda. Não tem uma (uma!) notícia interessante. Por isso, a capa é importante. O Povão que está na frente (ou do lado) de uma banca de jornal esperando o ônibus para ir trabalhar ou que está no Central saindo de Japeri 6 horas da manhã quer saber quem está comendo quem no mundo das sub-celebridades; Quer saber como está o mengão para a próxima rodada do Brasileiro; Quer saber quem vai ser a próxima gostosa a fazer filme pornô. E é justamente isso que a capa do "Meia Hora" oferece (sempre com uma abordagem irreverente): as últimas operações policiais, as últimas notícias dos (ex-)BBBs, etc...

Abaixo, as 10 melhores capas de 2009 até aqui.


10° Colocada


O "O Globo" quando não tem assunto publica denúncias de corrupção contra o Sarney (como se houvesse alguma novidade), o Meia Hora coloca o que o povão quer ver, Bunda. Ou melhor, bundas - e que Bundas!.





9° Colocada



Trocadilho podre e mais uma vez bundas na capa!


8° Colocada


A piadinha com a foto da capa mereceu a oitava colocação, dessa vez o destaque foi para os seios da ex-BBB. A notícia do canto também é genial!


7° Colocada





Só por ter feito o trocadilho do nome da favela da Zona Sul do Rio com as Empresa do Casseta & Planeta, essa capa merece o sétimo lugar...


6° Colocada

Rsrsrsrs...O que dizer de uma babaquice dessas? Isso só pode ser fruto de uma geração que cresceu vendo XUXA Park na televisão...

5° Colocada

Rsrsrsrs...

4° Colocada



A Manchete é sensacional, a brincadeira com o (colunista e gago) David Brasil que é mais sensacional ainda e o quadradinho que fala sobre a Piauí terminam essa capa antológica...

3° Colocada
Uma das melhores piadas sobre a morte do Michael Jackson. Genial!

2° Colocada



Sim, eles conseguiram se superar. Show de humor negro...O destaque para o Cream Cracker foi foda!


E o Troféu vai para...


Essa é insuperável!



Ps1: Escrevi no computador, sem revisão, logo, relevem os (possíveis) erros;


Ps2: A segunda colocação iria para a Capa lançada depois do Tri-campeonato Estadual do Flamengo. Mas, não consegui converter o arquivo para Jpeg. Fica a menção honrosa...

E vamo-que-vamo!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

...

"(...)Que a saudade é o revés de um parto/

A saudade é arrumar o quarto/

Do filho que já morreu(...)"

(Chico Buarque - Pedaço de Mim)



Esta postagem é só para lembrar da morte (de mais uma morte) ocorrida no dia 8 de Julho, na Vila da Penha, no Rio de Janeiro. Tirando o fato (trágico, por sinal) de que a vítima estava fazendo aniversário e que estava escolhendo um presente no momento em que foi baleada na cabeça, o crime não apresentou nada de novo. Mais um dos muitos assaltos (o que evidencia a falência da segurança pública deste estado), mais um dos muitos policiais incapazes de pensar racionalmente que reagiu em momento inoportuno e, provavelmente, errou os disparos -o que evidencia o despreparo daqueles que deveriam nos proteger.


Foi só uma morte. Os bandidos levaram R$ 25.000. R$25.000. "Quanto se perde? Quanto se ganha?"

terça-feira, 7 de julho de 2009

7 de Julho de 2009

"(..) Ei, Lampião, dá no pé, desapareça/
Pois eles vão à feira exibir sua cabeça..."
(Al Capone - Raul Seixas e Paulo Coelho)


Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, foi o terceiro filho de José Ferreira da Silva e de Maria Selena da Purificação. Tinha como irmãos: Antônio, João, Levino, Ezequiel, Angélica, Virtuosa, Maria e Amália.

Lampião teve uma infância comum a todos os meninos de uma baixa classe média sertaneja: aprendeu a ler e a escrever, mas logo foi ajudar o pai, pastoreando seu gado. Trabalhou também com seu pai como almocreve - pessoa que transportava mercadorias a longa distância no lombo de burros. Quando adolescente, acompanhado por seus irmãos Levino e Antônio, envolveu-se em crimes por questões familiares. Na época de adolescentes, ele e seus dois irmãos, Levino e Antônio já tinham fama de valentões, andavam armados e gostavam de arrumar confusão nas feiras livres para impressionar as moças. Também tinham o costume de pedir dinheiro por onde passavam. No sertão de sua época, dizia-se, homem macho e de valor, tinha de ser brigão.

Seu pai era um homem tranqüilo e pacifico. Após várias tentativas que procuravam finalizar a rixa (por questões de disputa de terras e demarcação de divisas entre propriedades rurais) existente contra a família do seu vizinho José Saturnino, acabou sendo morto pelo delegado de polícia Amarílio Batista e pelo Tenente José Lucena, quando o destacamento procurava por Virgulino, Levino e Antônio, seus filhos.


No ano de 1920, com o objetivo de vingar a morte do pai, Lampião alistou-se na tropa do cangaceiro Sebastião Pereira, também conhecido como Sinhô Pereira.
Em 1922, Sinhô Pereira decidiu deixar o cangaço e passou o comando para Virgulino (Lampião).Sede de vingança, cobiça e concentração do poder que por Sinhô Pereira lhe fora outorgado, levaram Lampião a se tornar um dos bandidos mais procurados e temidos de todos os tempos, no Brasil. Nesse mesmo ano realiza o primeiro assalto, à casa da baronesa de Água Branca (AL), na qual seus homens saquearam vultosa quantia em dinheiro e jóias.


Em 1926, refugiou-se no Ceará e no de 4 de Março recebeu uma intimação do Padre Cícero em Juazeiro do Norte (CE). Compareceu a sua presença, recebeu um sermão por seus crimes e ainda a proposta de combater a Coluna Prestes que, naquela época, se encontrava pelo Nordeste.

Em troca, Lampião receberia anistia e a patente de capitão dos Batalhões Patrióticos, como se chamavam as tropas recrutadas para combater os revolucionários. O capitão Virgulino e seu bando partiram à caça de Prestes, mas ao chegar a Pernambuco, foi perseguido pela polícia e descobriu que nem a anistia nem a patente tinham valor oficial. Voltou, então, ao banditismo.

Em 13 de junho de 1927, após sequestrar o Coronel Antônio Gurgel, promoveu uma tentativa de invasão à cidade de Mossoró (RN), onde perdeu dois de seus famosos auxiliares: "Colchete", fulminado por uma bala de fuzil logo no início dos combates com os defensores da cidade, e "Jararaca", ferido no tórax e na perna, capturado no dia seguinte, depois de passar a noite escondido fora da cidade, e depois executado e sepultado no cemitério da cidade pela polícia local. Depois desta derrota, Lampião passaria a ser perseguido pela polícia de três estados: Paraíba, Pernambuco e Ceará. Em fuga, atravessou o rio São Francisco com apenas 5 'cabras' e reestruturou seu bando no Estado da Bahia. A partir daí, passou a agir principalmente nos estados de Sergipe, Bahia e Alagoas.

Em fins de 1930, escondido na fazenda de um coiteiro - nome dado a quem acolhia os cangaceiros - conheceu Maria Déia , a mulher do sapateiro Zé de nenem, que se apaixonou por Lampião e com ele fugiu, ingressando no bando. A mulher de Lampião ficou conhecida como Maria Bonita e, a partir daí, várias outras mulheres se integraram ao bando.


Pouco tempo depois, Maria Bonita engravida e sofre um aborto. Mas, em 1932, o casal de cangaceiros tem uma filha. Chamam-na de Expedita. Maria Bonita dá à luz no meio da caatinga, à sombra de um umbuzeiro, em Porto de Folha, no estado de Sergipe. Lampião foi o seu próprio parteiro.

Como se tratava de um período de intensas perseguições e confrontos, e a vida era bastante incerta, os pais não tinham condições de criá-la dentro do cangaço. Os fatos que ocorreram viraram um assunto polêmico porque uns diziam que Expedita tinha sido entregue ao tio João, irmão de Lampião que nunca fez parte do cangaço; e outros testemunharam que a criança foi deixada na casa do vaqueiro Manuel Severo, na Fazenda Jaçoba.


No ano de 1936, o comerciante Benjamin Abraão, com uma carta de recomendação do Padre Cícero, consegue chegar ao bando e documenta em filme Lampião e a vida no cangaço. Esta "aristocracia cangaceira", como define Lampião, tem suas regras, sua cultura e sua moda. As roupas, inspiradas em heróis e guerreiros, como Napoleão Bonaparte, são desenhadas e confeccionadas pelo próprio Lampião. Os chapéus, as botas, as cartucheiras, os ornamentos em ouro e prata, mostram sua habilidade como artesão.

Maria Bonita sempre insistia muito para que Lampião cuidasse do olho vazado. Diante dessa insistência, ele se dirige a um hospital na cidade de Laranjeiras, em Sergipe, dizendo ser um fazendeiro pernambucano. Virgulino tem o olho extraído pelo Dr. Bragança - um conhecido oftalmologista de todo o sertão - e passa um mês internado para se recuperar. Após pagar todas as despesas da internação, ele sai do hospital, escondido, durante a madrugada, não sem antes deixar escrito, à carvão, na parede do quarto:"Doutor, o senhor não operou fazendeiro nenhum. O olho que o senhor arrancou foi o do Capitão Virgulino Ferreira da Silva, Lampião".


A Morte de Lampião


No dia 27 de julho de 1938, o bando acampou na fazenda Angicos, situada no sertão de Sergipe, esconderijo tido por Lampião como o de maior segurança. Era noite, chovia muito e todos dormiam em suas barracas. A volante chegou tão de mansinho que nem os cães pressentiram. Por volta das 5:15 do dia 28, os cangaceiros levantaram para rezar o oficio e se prepararem para tomar café, foi quando um cangaceiro deu o alarme, já era tarde demais.

Não se sabe ao certo quem os traiu. Entretanto, naquele lugar mais seguro, segundo a opinião de Virgulino, o bando foi pego totalmente desprevenido. Quando os policiais do Tenente João Bezerra e do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva, abriram fogo com metralhadoras portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa.

O ataque durou uns vinte minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta e quatro cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo. Lampião foi um dos primeiros a morrer. Logo em seguida, Maria Bonita foi gravemente ferida. Alguns cangaceiros, transtornados pela morte inesperada do seu líder, conseguiram escapar. Bastante eufóricos com a vitória, os policiais saquearam e mutilaram os mortos. Roubaram todo o dinheiro, o ouro, e as jóias.

A força volante, de maneira bastante desumana para os dias de hoje, mas seguindo o costume da época, decepa a cabeça de Lampião. Maria Bonita ainda estava viva, apesar de bastante ferida, quando sua cabeça foi degolada. O mesmo ocorreu com Quinta-Feira, Mergulhão (os dois tiveram suas cabeças arrancadas em vida), Luis Pedro, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete e Macela. Um dos policiais, demonstrando ódio a Lampião, desfere um golpe de coronha de fuzil na sua cabeça, deformando-a. Este detalhe contribuiu para difundir a lenda de que Lampião não havia sido morto, e escapara da emboscada, tal foi a modificação causada na fisionomia do cangaceiro.

Feito isso, salgaram as cabeças e as colocaram em latas de querosene, contendo aguardente e cal. Os corpos mutilados e ensangüentados foram deixados a céu aberto para servirem de alimento aos urubus. Para evitar a disseminação de doenças, dias depois foi colocado creolina sobre os corpos. Como alguns urubus morreram intoxicados por creolina, este fato ajudou a difundir a crença de que eles haviam sido envenenados antes do ataque, com alimentos entregues pelo coiteiro traidor.

Percorrendo os estados nordestinos, o coronel João Bezerra exibia as cabeças - já em adiantado estado de decomposição - por onde passava, atraindo uma multidão de pessoas. Primeiro, os troféus estiveram em Piranhas, onde foram arrumadas cuidadosamente na escadaria da igreja, junto com armas e apetrechos dos cangaceiros, e fotografadas. Depois Maceió e depois, foram ao sul do Brasil.

No IML de Maceió, as cabeças foram medidas, pesadas, examinadas, pois os criminalistas achavam que um homem bom não viraria um cangaceiro: este deveria ter características sui generis. Ao contrário do que pensavam alguns, as cabeças não apresentaram qualquer sinal de degenerescência física, anomalias ou displasias, tendo sido classificados, pura e simplesmente, como normais.

Do sul do País, apesar de se encontrarem em péssimo estado de conservação, as cabeças seguiram para Salvador, onde permaneceram por seis anos na Faculdade de Odontologia da UFBA da Bahia. Lá, tornaram a ser medidas, pesadas e estudadas, na tentativa de se descobrir alguma patologia. Posteriormente, os restos mortais ficaram expostos no Museu Nina Rodrigues, em Salvador, por mais de três décadas.

Durante muito tempo, as famílias de Lampião, Corisco e Maria Bonita lutaram para dar um enterro digno aos seus parentes. O economista Silvio Bulhões, em especial, filho de Corisco e Dadá, empreendeu muitos esforços para dar um sepultamento aos restos mortais dos cangaceiros e parar, de vez por todas, essa macabra exibição pública. Segundo o depoimento do economista, dez dias após o enterro do seu pai violaram a sepultura, exumaram o corpo e, em seguida, cortaram-lhe a cabeça e o braço esquerdo, colocando-os em exposição no Museu Nina Rodrigues.

O enterro dos restos mortais dos cangaceiros só ocorreu depois do projeto de lei no. 2867, de 24 de maio de 1965. Tal projeto teve origem nos meios universitários de Brasília (em particular, nas conferências do poeta Euclides Formiga), e as pressões do povo brasileiro e do clero o reforçaram. As cabeças de Lampião e Maria Bonita foram sepultadas no dia 6 de fevereiro de 1969. Os demais integrantes do bando tiveram seu enterro uma semana depois. Assim, a era CANGAÇO se encerrou, com a Morte de Virgulino


Fonte: Artigo retirado integralmente da Wikipédia no Endereço: http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgulino_Ferreira_da_Silva

PS 1: Mais detalhes em http://lampiaoaceso.blogspot.com/

Carta aberta ao amigo Eduardo Albuquerque

l.(...) rio do mistério
que seria de mim
se me levassem a sério?
(Paulo Leminski - Distraídos Venceremos)


Escrever é uma chatice!”, disse Chico Buarque de Hollanda recentemente na Feira do Livro de Paraty. Para alguns, escrever, argumentar, responder, replicar e treplicar também deve ser muito chato. Talvez por isso, optem por uma maneira mais fácil de terminar uma discussão: Apresentam um novo fato e o relacionam com o que estava sendo discutido. Simples.

O senhor, Eduardo, é uma das cobras mais ardilosas que eu conheço. Discutir com uma pessoa de inteligência superior (quase um Daimon), como o senhor, exige esforço, estudo e muita pesquisa de quem está do outro lado. Gostaria de dizer que foi (e ainda é) um prazer ver minha postagem anterior despertando sua atenção e sendo discutida no seu blogue. Sua réplica apaixonada me encheu de emoção.


Vamos aos Fatos


Essa argumentação esquizofrênica de que fulano é rei porque inventou X e sicrano é súdito porque repetiu e/ou se aproveitou da fórmula alheia é digna é um idiota como eu. Não esperava uma bobagem dessas saindo da boca (ou do teclado) de uma das mais velhas raposas felpudas da Rede Federal de Ensino.

Na distante década de 50, o Rock'n Roll era um estilo de música essencialmente negro e quase todos os artistas (desse estilo) eram negros também. Convém lembrar também que nos Estados Unidos (principalmente nos estados sulistas) imperava a segregação racial (espero não precisar explicar o que acontecia). A população branca (por se considerar superior) não aceitava dividir o espaço com a população negra. Estes viviam nos subúrbios. O próprio Michael durante a infância viveu em alguns desses bairros reservados aos negros.


Foi nesse ambiente que se criou o mito Elvis Presley, que, apesar de sulista e branco, aparentemente não era preconceituoso. Soma-se a isso o fato dele ter talento musical e estava criada a oportunidade. Presley, um branco, fez sucesso (entre um público majoritariamente branco) cantando música negra. E, nisso, eu concordo integralmente com o senhor. A ocasião (ou a oportunidade) fez o ladrão. Mas é importante salientar que Elvis foi, de fato, um produto criado pela indústria fonográfica americana para atender aos anseios de uma populaçãoque não admitia ouvir uma canção (mesmo que o ritmo fosse envolvente) cantada por um negro.


Tentar discutir (e negar) o talento de Michael Jackson é realizar um trabalho de Sísifo. Dizer que a fórmula da oportunidade (usada provavelmente pela primeira vez na indústria músical por Elvis) é (foi) a condição sine qua non para o sucesso de Michael é de uma idiotice sem precedentes...

Michael, ao contrário de Elvis, criou um novo jeito de fazer música (e de comercializá-la). Ao incorporar o jazz, o Rock (olha o Elvis aí!), o Soul e Funk ao Rhythm-and-Blues (às vezes em apenas uma música, como no caso de Billy Jean), Michael ajudou (juntamente com o produtor Quincy Jones) a moldar a música POP. Nesse sentido, as carreiras de Elvis e Michael se encontram. Ambos os dois foram fundamentais para o nascimento e o desenvolvimento da música popular como conhecemos hoje em dia. Ou o senhor vai tentar me convencer que não há ecos da obra do M.J. Na música feita atualmente? Ou o senhor vai tentar me convencer que a música do M.J. Não influencia desde Beyoncé até o seu querido Tom Zé?

As diferenças entre os dois todo mundo está cansado de saber. Enquanto Elvis era branco, bonito e talentoso (e tinha público por isso), Michael era preto, feio e talentoso. E cresceu economicamente e musicalmente por isso, pelo talento. Michael não tinha público específico. Quando nasceu os negros eram segregados em alguns estados. Quando morreu, um negro era presidente da República. Seria até exagero dizer que Michael participou e foi um dos protagonistas da tranformação de uma sociedade racista em uma sociedade (quase) pós-racial. O fato dele ter virado branco (apesar de ridículo) atesta isso.

Por isso, amigo Eduardo, não reconhecer o óbvio é idiotice. Não deixe que suas idiossincrasias o transformem num doidivanas!

(Sem Revisão)

PS 1: Eu gosto mais da fase decadente do Elvis Presley, gordo, suado, cantando num ringue de boxe;
PS 2: O artigo anterior não foi copiado da Wikipédia. Este site nem ao menos foi consultado. Da próxima vez, prometo informar minhas fontes;
PS 3: Provocações com o nome do blogue para me atingir é o mesmo que colocar a mãe no meio em briga de futebol;
PS 4: Elvis Presley é considerado “Rei do Rock”, enquanto Michael Jackson é considerado “Rei do Pop”. Mas, isso é apenas um detalhe e, “Detalhes”, como sabemos, é com um outro Rei que nada tem a ver com essa história;
PS 5: Aparentemente os dois morreram de overdose de medicamentos. O Michael eu não sei, mas dizem que o Elvis foi encontrado “de quatro” no banheiro;
PS 6: Por mim, essa discussão termina aqui;
PS 7: Cansei. Foda-se!

domingo, 5 de julho de 2009

Michael Jackson morreu: E daí?

Michael Joseph Jackson nasceu no dia 29 de Agosto de 1958 no estado de Indiana. Sétimo filho de uma família de nove irmãos, Jackson desde cedo mostrou talento para a música. Conta-se que aos cinco anos arrancou aplausos numa apresentação da escola. Seus irmãos igualmente exibiam talento musical. Eles cantavam e dançavam na frente de casa. Não demorou nada para que seu pai, Joseph Walker Jackson, visse nas brincadeiras dos filhos um negócio para explorar. Em 2960, criou o primeiro conjunto – o trio “The Jackson Brothers”. Michael se juntou ao grupo quando completou cinco anos, em 1963. Surgia o “Jackson 5”.

A carreira profissional se iniciou quando o conjunto venceu o concurso de calouros do Apollo Theatre, no Hallem, em agosto de 1967. No ano seguinte, eles foram contratados pela gravadora Motown, dedicada ao Rhythm-and-Blues. O sucesso foi rápido. Em 1970, o Jackson 5 foi o primeiro grupo a chegar ao primeiro lugar nas paradas da Billboard com quatro múcicas. Em1971 a Motown, percebendo o talento de Michael, lançou-o em carreira solo. Enquanto o sucesso individual do cantor aumentava, o grupo entrava em decadência.

Diz-se então que o produtor Quincy Jones ficou encantado com o talento musical e gestual de Michael. A parceria rendeu a trilogia Off the Wall(1979), Thriller (1982) e Bad(1987). Thriller é até hoje o disco mais vendido de todos os tempos com mais de 100 milhões de unidades comercializadas em 25 anos.

Michael foi alçado ao posto de superastro. Sua voz superaguda, a mistura de ritmos em uma só música e o Moonwalk (passo de dança que Michael ajudou a popularizar) foram algumas das contribuições do cantor para a Cultura Pop. Ele também ajudou a popularizar o videoclipe, transformando o que anets era mera peça promocional em obra de arte. A partir de Thriller, dirigido por John Landis, o videoclipe ganhou autonomia estética.Bad, por exemplo, foi dirigido pelo grande Martin Scorsese.

Michael tinha consciência da sua importância para a sociedade(principalmente os negros) americana. Seus CD's costumeiramente tinham letras com mensagens fortes e críticas à situação das comunidades pobres dos EUA. Em 1985, compôs com Lionel Richie a música “We are the world”, para arrecadar fundos para combater a fome na África. Em 1996 veio ao Brasil para gravar, no morro Dona Marta , no Rio, e no Pelourinho de Salvador, o clipe da música “They Don't Care About Us” com participação do Olodum e direção do genial Spike Lee.
A obra do cantor refletia sua vida pessoal. Em 1991, com a canção”Black or White”, Michael parecia querer justificar as operações de embranquecimento a que se submetia (segundo o cantor, por causa de um vitiligo). Ele também tentou explicar seu comportamento infantil compondo “Childhood”, lançada em 2001.

Sua carreira musical refletiu o auge e a derrocada da indústria fonográfica. Não é por acaso que seus recordes de vendas foram batidos nos anos 80 ( Era de Ouro do disco), e que seu último disco, Invincible (2001), (já com o advento do Napster e a popularização da Internet ) não tenha emplacado um único sucesso.

Para as novas gerações, fica a imagem do cantor decadente, do maluco que deformou seu rosto por causa das dezenas de cirurgias, do homem que dava leite quente com biscoitos e contava histórias para criancinhas em sua cama – Apesar de ter sido declarado inocente em todas as vezes em que foi a julgamento. Para as antigas (gerações), fica a imagem do gênio atormentado, do autor de canções inesquecíveis.

PS 1 : Este post foi escrito com umas duas semanas de atraso;
PS 2: Fiquei surpreso com a maneira respeitosa com que a imprensa tratou a morte do infeliz;
PS 3: Este post é uma resposta à postagem do Eduardo no Templique Salomonis;
PS 4: Billy Jean é genial;
PS 5: Eu sempre quis fazer um PS5.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Início

O Supremo Tribunal Federal decidiu na última quarta-feira, 17, que jornalista não precisa ter diploma para exercer a profissão. Por 8 votos a 1 o STF derrubou a exigência do diploma que era obrigatório desde 1969, graças a um decreto-lei imposto por um dos muitos governos militares deste país.

-"O jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada. Os jornalistas são aquelas pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a liberdade de expressão, portanto, são atividades imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada", vomitou Gilmar Mendes.

Não afirmo que este será um blogue que pretende informar algo a alguém. Afirmo, com total certeza que ele falará da coisa mais importante desse mundo, eu. E será escrito (graças a um esforço quase hercúleo) por mim. É claro que não pesquisarei para escrever aqui, não sou nenhum Truman Capote, nem pretendo ser. Mas quem sabe um desses jornais porcos aqui do Rio de janeiro (Meia Hora, O Povo, Expresso) não descobre meu talento? Quero deixar bem claro que aceito qualquer oferta de emprego (de obtuários a Classificados).

Ps: Esse texto foi só para encher linguiça mesmo.